Alimentos para comer com a doença de Barrett

By Fausto Barbas | março 19, 2019

A doença de Barrett, também chamada esôfago de Barrett, é uma complicação da doença do refluxo gastroesofágico, ou DRGE. Na junção onde o esôfago encontra o estômago, há um músculo circular, ou esfíncter, que fecha após a entrada de alimentos ou líquidos no estômago. Com o enfraquecimento do músculo esfincteriano, alimentos, líquidos e refluxo ácido retornam ao esôfago, causando danos. Barrett afeta o revestimento do esôfago e aumenta o risco de câncer de esôfago, especialmente adenocarcinoma. A ingestão de alimentos com baixo teor de ácido pode ajudar a reduzir os danos ao esôfago.

Fatias de melão cantalupo
      Corte o melão em uma mesa.     
Crédito da imagem: Aneta_Gu / iStock / Getty Images       

Dieta e estilo de vida

Vivendo com a doença de Barrett requer mudanças na dieta e no comportamento. As recomendações alimentares são as mesmas da dieta da DRGE, evitando alimentos altamente ácidos, como tomates, algumas frutas cítricas, café e alimentos condimentados. Em vez disso, sugerem carne magra, peito de frango sem pele, peixe, claras de ovos, maçãs doces, bananas, melão, leite desnatado, queijo de cabra, a maioria dos vegetais, grãos integrais, arroz e aveia. Diminua o tamanho da refeição e evite deitar-se por pelo menos três horas depois de comer, quando a incidência de refluxo for maior. Para aumentar a folga esofágica e diminuir o refluxo, eleve a cabeceira da cama em blocos de 15 cm ou use uma cunha de espuma.

Condição

A doença de Barrett é resultado de lesões repetidas no tecido esofágico por refluxo crônico de ácido gástrico. Normalmente, o revestimento da membrana mucosa do esôfago é constituído por tecido celular chamado epitélio escamoso. Os danos causados ​​pelo refluxo alteram o tecido normal, substituindo-o pelo epitélio colunar, que é mais comum no estômago e no intestino superior. Três tipos de células colunares são observados na endoscopia: metaplasia intestinal cardíaca, gástrica e fungos gástricos. Cada tipo de célula indica sua origem no estômago e no intestino.

Sintomas e diagnóstico

A DRGE apresenta sintomas característicos como azia e regurgitação, mas a doença de Barrett não causar sintomas definitivos. Com a doença de Barrett, o tecido do esôfago se torna menos sensível devido aos efeitos do refluxo ácido crônico. Uma biópsia endoscópica do tecido esofágico com visualização do epitélio gástrico laranja que se estende para cima do estômago de maneira circular confirma a doença de Barrett.

Tratamento e complicações

O tratamento da doença de Barrett requer o uso prolongado de inibidores da bomba de prótons, o que pode impedir a progressão da doença e antiácidos para alívio rápido da azia. Com graves danos ao esôfago, procedimentos como terapia fotodinâmica, ressecção endoscópica da mucosa e cirurgia podem ser utilizados. As complicações incluem estreitamento do esôfago, bem como ulcerações. A complicação mais grave da doença de Barrett é o adenocarcinoma de esôfago. O risco de câncer aumenta se a metaplasia intestinal especializada for observada nos resultados da biópsia.